Do UOL, em São Paulo
“Se por um lado o gestor pensa que agrada o chefe, por outro ele passa
uma visão muito distorcida do seu papel de líder, que é defender e proteger sua
equipe”, diz Vera Lucia Cavalcanti, coordenadora do Núcleo de Liderança do FGV
in company, programa da Fundação Getúlio Vargas. Para a consultora, diante do
nível hierárquico superior é importante se posicionar e admitir que houve
erros, mas não fazer isso o tempo todo. Para Luciene Oliveira, consultora de RH
da Catho Online, antes de tomar qualquer decisão sobre uma crítica é
importante que o gestor converse com o seu funcionário para que ele possa dar a
sua versão dos fatos. “Isso propicia um clima de respeito e confiança em toda a
equipe”, comenta.
2. Não defender os subordinados para
se exibir para os superiores
“Se por um lado o gestor pensa que agrada o chefe, por outro ele passa
uma visão muito distorcida do seu papel de líder, que é defender e proteger sua
equipe”, diz Vera Lucia Cavalcanti, coordenadora do Núcleo de Liderança do FGV
in company, programa da Fundação Getúlio Vargas. Para a consultora, diante do
nível hierárquico superior é importante se posicionar e admitir que houve
erros, mas não fazer isso o tempo todo. Para Luciene Oliveira, consultora de RH
da Catho Online, antes de tomar qualquer decisão sobre uma crítica é
importante que o gestor converse com o seu funcionário para que ele possa dar a
sua versão dos fatos. “Isso propicia um clima de respeito e confiança em toda a
equipe”, comenta.
"O receio de perder a amizade de seus antigos colegas de trabalho
pode levar o novo chefe a não efetuar cobranças e pontuações necessárias”, diz
a consultora Luciene Oliveira, da Catho Online. É importante que haja
um equilíbrio entre o comprometimento assumido com a organização e com
seus subordinados para evitar futuros conflitos. Também é indispensável separar
profissionalismo e relacionamento pessoal, pois o favorecimento de um
determinado funcionário poderá prejudicar o clima organizacional e os
processos que impactam no negócio, além de abalar o respeito entre a equipe. “A
meritocracia deve ser realmente colocada em prática, acima de qualquer
empatia”, diz
O receio de uma futura concorrência faz com que gestores boicotem e
até demitam funcionários que se destaquem demais. Segundo o consultor Eduardo
Ferraz, esse comportamento é típico do profissional que não tem preparo e
segurança para gerenciar talentos. “Como não consegue comandar, nem se
impor, começa a perseguir os mais talentosos. Isso vai ser um tiro no
próprio pé, porque vai eliminar os bons profissionais e criar uma equipe
medíocre”, afirma
Esse é um comportamento típico de disputa pelo poder. “O importante do
trabalho é ter continuidade”, afirma Vera Cavalcanti, do FGV in company. “Mesmo
que o perfil seja diferente, o trabalho do outro não pode ser desmerecido. Essa
postura demonstra insegurança e falta de ética na busca de espaço. A
consequência é a insegurança da própria equipe, que não vê o gestor como um
exemplo.” É comum que um líder assuma uma nova responsabilidade justamente por
causa de uma ou mais falhas na atuação de seu antecessor. “Entretanto, o chefe
anterior teve méritos em levar a equipe e os resultados até aquele momento,
e independentemente do motivo de sua saída, nada deve ser desmerecido
neste momento”, diz Augusto Puliti, diretor de marketing da Michael Page,
empresa especializada em recrutamento de executivos. O novo líder deve ter
tato e maturidade para entender o ambiente em que está entrando, separar o que
é bom e o que pode ser melhorado
Para Sergio Sabino, diretor de marketing da Michael Page, a consciência
de que o todo é maior que a soma das partes é peça fundamental. “Pressionar a
equipe de maneira desmedida, trazer para si todos os méritos pelos
bons resultados e culpar os subordinados pelos resultados negativos irá
criar um grupo desmotivado e operacional, que não faz nada além do que é solicitado”,
diz. Para ele, isso torna a equipe medíocre, assim como seus resultados.
“O nível de desconfiança se torna insustentável e bons talentos serão perdidos,
provavelmente para a sua concorrência direta”
Segundo o consultor Eduardo Ferraz, esse é o caso clássico do
profissional que teve pouco preparo e, provavelmente, nenhum tipo de
treinamento para assumir um cargo de comando. “A tendência será agir e
pensar como se ainda estivesse na função anterior. Vai evitar ser
chefe, tentará manter os relacionamentos pessoais, e procurará ser
mais querido que respeitado”, conta
“O grupo deve ter acesso às questões positivas, enquanto os pontos a serem
melhorados precisam ser discutidos com cada uma das pessoas envolvidas com
eles”, diz Carlos Cruz, diretor do IBVendas (Instituto Brasileiro de Vendas).
Quando quiser falar de algo que deu errado durante uma reunião de
"feedback", o ideal é que o chefe utilize um discurso generalizado em
vez de apontar os culpados. Mais do que respeitar a integridade dos
profissionais, essa postura irá criar um cenário em que cada uma das pessoas
pode se enxergar e, assim, tirar ensinamentos importantes sobre suas próprias
condutas. “Quando um funcionário é criticado na frente de dez pessoas, essa
crítica se multiplicará por dez. O profissional se sentirá humilhado e não
encorajado a melhorar. Infelizmente, isso acontece com frequência”, diz
Eduardo Ferraz
É comum ouvir colegas de trabalho dizendo algo como “quando eu for
chefe, não vou fazer isso dessa forma”. Contudo, a rotina acaba se mostrando
mais forte do que a ideia inicial e muitos passam a repetir padrões de
comportamento, inclusive se vingando de questões surgidas no passado, como
supostas injustiças ou relacionamentos tumultuados com colegas. “Quando uma
pessoa se torna líder, precisa aumentar a capacidade de ouvir e analisar as
situações com um olhar generoso e que leve ao resultado. É importante chegar ao
novo cargo com atitudes grandiosas, deixando para trás pensamentos mesquinhos e
dando lugar a decisões transparentes e compartilhadas”, afirma o consultor
organizacional Eduardo Shinyashiki. A psicóloga Izabel Failde, especialista em
desenvolvimento de carreiras, diz que a vingança leva à falta de integração,
união e confiança. “O novo chefe precisa fazer um exercício de autoconhecimento
e compreender os motivos que o levam a querer ser vingativo. Isso é essencial
para mudar sua atitude”, diz
Há mistura entre o “ser” e o “ter”, calcada no entusiasmo com a conta
bancária turbinada devido à promoção e ao poder recém-conquistado. “Não raro
tanto o novo status quando a posição financeira são irreais”, diz a psicóloga
Izabel Failde. Para ela, o recomendado é se manter dentro da realidade tanto em
relação à carga de trabalho –há quem se transforme em "workaholic"
com medo de perder o que conquistou– quanto à movimentação financeira, que pode
ser passageira.
Não
cometam os erros que muitos cometem e ainda acham que estão certos.
Preparem-se
para desempenhar suas funções da melhor forma possível e assim possam levar
nossas Instituições ao patamar que merecem.
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