quarta-feira, 4 de setembro de 2013

“Assassinos ao Volante”.

ASSASSINOS AO VOLANTE
Com a manchete “Assassinos ao Volante”, uma edição da revista Veja analisou e comentou o fato de que as mortes no trânsito no Brasil já superam os crimes de homicídio e as mortes por câncer. Isto é uma tragédia nacional, que nos coloca na contramão da tendência mundial de redução dos acidentes de trânsito. Enquanto, na maioria dos países ricos e emergentes, verificou-se
uma queda acentuada das mortes no trânsito, no Brasil, estes números não param de crescer: no ano passado, foram registrados mais de 60 mil mortos, um aumento de 4% em relação a 2011, e 352.495 casos de invalidez permanente, contra 239.738 no ano anterior. No Brasil, o principal fator da violência no trânsito é humano. É verdade que nossas estradas são precárias, a infraestrutura é deficiente, há falta de ciclovias e falhas na sinalização.





Todos estes fatores aumentam o risco, mas eles são enormemente potencializados pela falta de responsabilidade e de perícia dos nossos motoristas. Condutores de carros e de ônibus, motociclistas, ciclistas e pedestres não observam as mais elementares regras de circulação. Dirigem embriagados, ignoram a sinalização, desrespeitam os limites de velocidade, avançam o sinal e falam ao celular enquanto dirigem. Outro fator que contribui para os dramáticos índices de morte no trânsito é a ineficiência do poder público na aplicação das leis e a inclinação do brasileiro para burlar regras.
Infrações de trânsito são consideradas não mais do que pequenos deslizes. O acidente de trânsito entre nós é tido como uma fatalidade, um acontecimento fortuito e não previsto. E, quando ele resulta em morte, quase sempre a condenação é por homicídio culposo, ou seja, aquele em que não há
intenção de matar. Em minha opinião a morte no trânsito não é uma fatalidade, um acidente imprevisível e inevitável. Ela é resultado de uma conjugação
de fatores que interagem e resultam numa fórmula explosiva e perigosa: risco, aventura, displicência, ignorância, desobediência, impunidade. É preciso disseminar na sociedade a noção de que o acidente de trânsito pode ser evitado com maior senso de responsabilidade por parte do motorista; esta é a chave para que consigamos reduzir os nossos dramáticos índices de acidentes.
Antonio Bulhões
Deputado Federal / PRB-SP
Fonte: http://www.deputadoantoniobulhoes.com.br/gap/076boletim-assassinosaovolante.pdf
   
>> Leia aqui a matéria na íntegra.

GCM CLÁUDIO / LARANJAL PAUSLISTA / SP

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